quinta-feira, maio 11

O que foi nao volta a ser...

imagem tirada da net:olhares.com

Não adianta adiar o que sinto, o que me vai na alma…preciso de deixar que as teclas guiem os meus dedos para deixar sair os meus sentimentos que me corroem a alma, esta alma anémica, sem forças…sinto-me a ficar diferente a cada dia que passa…não sei se é bom ou mau sinal…é uma mudança que todos os dias que me surpreende.
Tento que o meu corpo reaja “normal”, que a minha mente se mantenha lúcida, que não sinta aquelas palpitações horrorosas, que não venham os pesadelos durante o sono...tento sim…mas não chega o meu tentar…todos os dias as situações surgem cada vez mais intensas e envolventes, a dar lugar a este estado de alma pesado e sofrido.
Não estou a ficar maluca, não te preocupes…estou apenas cansada, bastante cansada…
Existe muita coisa em que pensar e em muitos momentos vêm todos os “ses” …e isso faz com que me sinta ainda mais confusa, no meu certo e no meu errado. Exijo bastante de mim é verdade, mas isso ajuda-me também a que cada dia tente mais corrigir os meus erros e aprender com eles.

Não posso e nem consigo ser distante ou indiferente ao que me é confiado e transmitido com tanto sofrimento…devia ajudar mais eu sei, mas também não sei como, só consigo sentir este sentimento de impotência que me deixa mal, …e tudo o que faça é tão pouco perante as dificuldades, que fica esta sensação que não faço nada…ou quase nada!



“Se em certa altura
Tivesse voltado para a esquerda em vez de para a direita;
Se em certo momento
Tivesse dito sim em vez do não, ou não em vez do sim;
Se em certa conversa
Tivesse tido as frases que só agora, no meio sono, elaboro
Se tudo isso tivesse sido assim,
Seria outro hoje, e talvez o universo inteiro
Seria insensivelmente levado a ser outro também.

Mas não virei para o lado irreparavelmente perdido,
Não virei nem pensei em virar, e só agora o percebo;
Mas não disse que não ou não disse que sim, e só agora vejo o que não disse;

Mas as frases que faltou dizer nesse momento surgem-me todas,
Claras, inevitáveis, naturais,
A matéria toda resolvida…
Mas só agora o que nunca foi, nem será para trás, me dói.”

Álvaro de Campos

1 comentário:

Anónimo disse...

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